sexta-feira, maio 26, 2006

habitando(-nos)...


Carved

Da transparência das palavras germina espontaneamente a alma de quem as escreve...

Habito-te

debaixo da minha pele

nela te encontro

porque é nela que estás

ainda

estás no perfume doce

das minhas pálpebras

a cada vez que as descerro

e te encontro

guardo as tuas mãos nas minhas

na força crispada em comunhão

e guardo em mim o momento

em que fomos grito

eu mar

tu vulcão



Cris, De um tempo sem tempo