terça-feira, fevereiro 20, 2007

Num regaço azul...

fecho os olhos e apago-me do mundo
enquanto num segundo apenas
me desgarro de mim e me desnudo
para renascer aninhada em ti

arremessas as palavras para longe dos lábios
porque sabes q apenas te oiço o olhar
nessas horas em que a vida nos desamarra do mundo

e em que a nossa pele nos grita a magia dos beijos

e é então que de mim jorra o desejo de ser nascente
fonte de uma corrente límpida e fresca
que refresque em ti a sede que tb é minha
até que, já cansado, sejas apenas como o poente

que adormece sereno num regaço azul, feito menino


Cris (dos meus lábios nasce a noite)

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Eu, pecadora me confesso...

Hoje abandonei a minha alma...
Mandei-a para fora de mim...
Introduzi uma mão no peito,
Arranquei-a mesmo sem jeito,
E arremessei-a ao acaso
Para que n me magoe assim...

Dela... o lugar ficou vazio,
Meu corpo cheio de frio...
E eu n sei respirar...

Hesito... Quero...
E não quero...
Não sei se a hei-de ir buscar...

Mas se paro para pensar...
As dúvidas são nenhumas:
Se de novo a trago... ela dói,
Se a largo... dói-lhe o lugar...

E como vou eu sonhar?...

Anda cá, minha doce alma...
Seca a lágrima que cai...
Não te mando mais embora...
Dou-te o meu peito
E um calmo embalar...

A dor?... Essa eu suporto...
Porque o que eu n aguento
É a dor do pensamento
De te ter ousado arrancar
De mim...

Foi pecado... eu sei!
Cris...(Sem distância!)