quinta-feira, outubro 16, 2008

incógnita...




os dedos crispados na inquietude do tempo

espera que serpenteia no desespero da terra


veios desordenados de sopros e lamentos

pensamentos obtusos do inferno que os cerca


submersa a vontade fera

de quem espera

e tem por certeza

o incerto da verdade

e as paredes do pensamento


insonoro o pulsar mecânico do mundo

nas veias de um pensar que gera o pânico


inodoro o sentir do germinar do sonho

nas correntes do gargalhar profundo

de quem descobre o simples e velho dito

de que nada nesta vida é infinito


apenas um caminhar para parte incerta...


Cris (Ecos...)